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Para Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, professora da PUC-SP e coordenadora de programas voltados a educação e TICs, esse índice indica que as pessoas ainda acreditam que, para haver interdisciplinaridade, é preciso todos estarem juntos. “Na verdade, hoje esses projetos podem se dar de diferentes maneiras, na própria rede. Em teoria, não temos mais a limitação física, mas isso sugere que todos os professores tenham acesso adequado à tecnologia, o que nem sempre acontece”, ressalta.
Para a professora, outros pontos também dificultam o uso das TICs na educação e passam pela preparação do professor. De acordo com ela, ainda que os docentes estejam incluídos digitalmente, o uso pedagógico dessas ferramentas exige um conhecimento específico. Além disso, a grande rotatividade de professores –principalmente nas escola públicas– impede que os projetos evoluam de um ano para o outro. “O docente está sempre começando e acaba sendo uma vítima de todo o processo”, afirma.
A falta de equipamentos, apontada por 22% dos que responderam à enquete como mais uma dificuldade, reflete outra realidade. Como ressalta Mara Elizabeth, mesmo que a escola seja equipada com um laboratório, se pensarmos em toda a instituição, com seus diferentes turnos, cada turma conseguirá usar o espaço uma vez por semana, o que também pode inviabilizar alguns processos de aprendizagem.
Professora universitária, Magaly Prado afirma que, às vezes, o que atrapalha é a ineficiência da banda larga, incapaz de suportar o acesso de toda a universidade ao mesmo tempo. “Além disso, tem muita instituição que restringe o acesso às redes sociais, que possuem grande potencial em sala de aula e como ferramenta de informação”, afirma a docente, que no seu doutorado estuda o jornalismo nos dispositivos móveis.
Alunos plugadosSe manter os alunos interessado não parece ser um grande problema, 9% dos que responderam à enquete disseram que esse é um ponto negativo, para Magaly, o que existe é uma resistência inicial. “Alguns temem ter mais trabalho, enquanto outros se mostram tímidos em expor suas opiniões, principalmente quando usamos as redes sociais para construir algum conteúdo junto. Mas ao longo do processo, eles vão mudando de opinião.”
Para Maria Elizabeth, o comum é os estudantes enxergarem a tecnologia como um instrumento de diversão e lazer. “Eles têm domínio dessa linguagem, mesmo os que não têm recurso estão convivendo no mundo digital, mas não vêem tudo isso como uma forma de aprender. Por isso, é preciso uma ação pedagógica clara”, finaliza.
Disponível em https://www.institutoclaro.org.br/em-pauta/levar-as-tics-para-a-sala-de-aula-desafios-para-os-professores/
Bom dia.
ResponderExcluirCara amiga, muito boa essa tua matéria. Realmente as TICs têm se apresentado como um desafio na função de ser professor, visto que em muitos momentos, nossos alunos sabem muito mais do que nós acerca das TICs. Daí a necessidade de aprimoração que o professor tem que ter na sua vida profissional e pessoal, para uma melhoria da qualidade de ensino.